A idéia é conquistar parte do mercado latino e entrar no paulista no último quadrimestre. Para os próximos 5 anos, a meta é conquistar 30 milhões de clientes, chegando aos 110 milhões entre Brasil, América Latina e países de língua portuguesa na África e Europa, com R$ 30 bilhões. O dinheiro viria de troca de ações, levantamento de capital, emissão de ações, do caixa da empresa e de "todas as formas que o capitalismo permite", disse o presidente da Oi, Luiz Falco.
Na América Latina, os alvos são todos os países. "Temos que olhar que a consolidação dos mexicanos (Telmex) e dos espanhóis (Telefónica) nos tiram alguns países do foco. Mas Argentina e Venezuela merecem atenção". De acordo com os planos da Oi, a meta é chegar aos 38 milhões de clientes de telefonia celular e 22 milhões de fixos, além de banda larga e TV por assinatura no Brasil e atingir 30 milhões de clientes no exterior entre telefonia, fixa, celular, banda larga e TV por assinatura. "Vamos olhar todas as possibilidades baratas. Queremos consolidar rapidamente a nossa posição nacional", disse.
Para que a estratégia da Oi tenha sucesso é necessário que o governo aprove a compra da Brasil Telecom. O caso está com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que avalia mudanças no Plano Geral de Outorgas (PGO) e no Plano Geral de Autorização do Marco Regulatório (PGA) que contemplariam a possibilidade da fusão entre as empresas, proibida pela lei atual pois configura a compra de uma empresa de telefonia fixa por outra. O assunto acabou não sendo tratado ontem pelo conselho da Anatel. O conselheiro Antônio Bedran pediu vistas do processo da PGO e o presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, solicitou prorrogação de suas vistas sobre o PGA que havia requerido na semana passada.
O assunto voltará à pauta dia 4 de junho. A aquisição da Brasil Telecom pela Oi conta com o apoio do governo federal. O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, é o padrinho, dentro do governo, da idéia de criar uma empresa de telecomunicações com musculatura suficiente para enfrentar a Telefônica (Vivo) e a Claro (Telmex) do megaempresário mexicano Carlos Slim. Falco disse que está confiante na aprovação na compra. Caso isso não ocorra, a Oi terá prejuízos de R$ 815 milhões, R$ 500 milhões de multa contratual e R$ 315 milhões de investimentos já realizados, informou Falco.
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