A Oi está investindo R$ 1 bilhão no lançamento das operações no Estado de São Paulo e não vislumbra uma redução no ritmo de aportes em 2009, por conta da crise econômica. “Podemos rever para 2010, caso a crise se estenda por muito tempo, mas para 2009 estão mantidos (os investidos)”, informou o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco. Ele diz o capex do ano que vem ainda não foi fechado, mas será “no mesmo ritmo que sempre fizemos”. Este ano, a Oi investiu um total de R$ 4,5 bilhões, incluindo o valor pago pelas novas licenças de terceira geração.
Quanto à valorização do dólar frente ao real, Falco assegurou que o cenário o obriga a uma “negociação mais pesada” com os fornecedores, que deverão absorver praticamente a totalidade do impacto. Segundo ele, os contratos de fornecimento de rede – fechados com Huawei, Nokia-Siemens e Ericsson – prevêem um teto de R$ 1,90 para o dólar. Acima disso, a diferença é bancada pelo fornecedor. “Os contratos valem por três anos”, informou. Com isso, a operadora está garantida contra a alta do dólar até 2010.
Falco reconhece que a entrada em São Paulo deve impactar negativamente a margem da Oi neste final de ano, mas as projeções são otimistas. A empresa espera alcançar o equilíbrio da operação “em algum momento” de 2009. “Na região I levamos 18 meses para virar o Ebitda. Em São Paulo deveremos alcançar isso em menos de 12 meses”, disse ele.
Ele considerou improcedente a reclamação da aeiou de que a promoção para uso do 31 nas chamadas de longa distância a partir de São Paulo fere os princípios de isonomia de mercado. “Não existe isso se as ofertas são aprovadas pela Anatel”, disse, destacando que todas as empresas que estavam operacionais à época do registro da promoção foram convidadas a aderir. “Eu não vou abrir mão das minhas vantagens”, afirmou, referindo-se à extensa rede fixa construída pela Oi na região Nordeste.
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