Até conquistar uma base razoável de clientes em São Paulo, onde começará a explorar telefonia móvel de segunda e terceiras gerações (2G e 3G) na primeira quinzena de outubro, a Oi não oferecerá seu serviço de pagamento pelo celular, o Oi Paggo. Segundo o diretor da Oi Paggo, Roberto Rittes, o foco do grupo de telecomunicações é expandir o serviço em sua área original de concessão (região I), composta por 16 Estados, entre os quais o Rio de Janeiro. "Estamos trabalhando para ampliar a aceitação (pelos lojistas)", afirmou hoje, durante a terceira edição do evento Wireless Mundi. Ele não detalhou o volume de usuários que justificaria o lançamento do sistema Oi Paggo em São Paulo.
Há dois meses, mais de 40 mil estabelecimentos utilizavam o serviço de pagamento da Oi, que foi lançado no ano passado. O número de clientes cadastrados em junho era de 809 mil, sendo que aproximadamente 60 mil assinantes de planos pós-pagos da empresa se registram mensalmente neste serviço, de acordo com Rittes. O Oi Paggo dispensa o uso do dinheiro vivo ou do cartão de crédito. Os lojistas enviam uma mensagem de texto (SMS) para o celular do usuário, que digita sua senha no aparelho e faz a confirmação da compra.
Além de mudanças no hábito de consumo, conforme o executivo, o principal desafio dos sistemas de pagamento via celular é competir com pesos-pesados no segmento de crédito. O uso dos cartões está bastante consolidado no Brasil. Conforme a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs), o País deve fechar 2008 com quase 500 milhões de plásticos (para crédito, débito, lojas e redes), totalizando despesas de R$ 387,5 bilhões. Somente o cartão de crédito deve chegar a 110 milhões de plásticos, com R$ 224 bilhões movimentados.
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