A Oi traçou uma meta para 2009: Adicionar nove milhões de novos assinantes à sua carteira de clientes e alcançar a marca de 65 milhões, já contabilizados os assinantes da Brasil Telecom. Para isso, a concessionária planeja investir entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões - sendo 60% na telefonia fixa/banda larga (tradicional, sendo que neste percentual está incluído o backhaul das escolas do acordo com o governo) e 40% na telefonia móvel (expansão 3G também incorporada a essa divisão).
Em São Paulo - onde a operadora entrou no mercado em outubro do ano passado- a meta é fechar 2009 com 5 milhões de assinantes. Isso significaria a conquista de 3 milhões de novos usuários no Estado, já que em dezembro de 2008, a companhia contabilizou 2 milhões de assinantes.
A Oi também planeja aumentar o market share na região 2 - onde a Brasil Telecom detém 15%. Na sua região de atuação a 1 - do Rio de Janeiro ao Amazonas - a Oi detém 30,3% do market share e quer levar esta marca para a área da BrT, com estratégias de preços agressivas e campanhas combinando telefonia fixa, móvel e banda larga. Se os planos da Oi derem certo, a concessionária encerraria 2009 com 65 milhões de assinantes.
Com relação à crise financeira, a Oi é taxativa: "O crédito está mais caro, mas não está faltando, pelo menos para nós. E até o momento, não sentimos qualquer reflexo na receita", observou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Alex Zornig.
Mas fato é que a variação cambial derrubou o lucro da Oi no quarto trimestre do ano passado. O balanço da empresa mostra um ganho de R$ 77 milhões, com queda de 91% em relação aos R$ 882 milhões de igual período de 2007. O incremento dos encargos financeiros sobre a dívida também prejudicaram o resultado, que acumulou no ano um lucro líquido R$ 1,2 bilhão, com recuo de 50% frente ao resultado do ano anterior.
Zornig não refutou o fato de a alta do dólar impactar a dívida da empresa, mas ressaltou que essa parte está equacionada e equilibrada nas projeções financeiras da concessionária.
Para reduzir o impacto da alta do dólar, Zornig lembrou que a companhia tem conseguido negociar bons contratos, entre eles, com o Banco da Finlândia, em função da decisão da Oi de trocar o backbone da telefonia móvel na região da Brasil Telecom - saiu a Erisson e entrou a Nokia Siemens Networks.
Na parte do acesso, a troca também acontece - sai a ZTE e entra a Huawei. Neste caso, inclusive, a Oi espera financiamentos de bancos chineses, mas não adianta valores, nem quando esses recursos serão aportados no pais.
Ao falar sobre o reflexo da crise no consumo dos brasileiros, Zornig disse que se o desemprego, de fato, crescer acima do esperado e as demissões persistirem por mais tempo, certamente, haverá uma retração, mas na sua visão, a telefonia e a banda larga poderão sofrer com a redução do uso, mas não com a descontinuidade. "Não dá mais para pensar em ficar sem telefonia e banda larga. Pode vir um aperto, uma queda,mas não uma paralisação do consumo", observou.
Oi diz que adições líquidas de emprego vão superar às demissões
O executivo participou nesta quinta-feira, 05/03, de uma teleconferência com a imprensa para a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2008 e falou sobre alguns projetos para 2009. Zornig ao ser questionado sobre a integração com a Brasil Telecom não quis fixar prazos. Ele garantiu que a unificação integral acontecerá 'ainda este ano'. O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, tinha dito que este processo estaria concluído até o final deste primeiro semestre.
Zornig também falou sobre o processo de demissões na fusão BrOI. O diretor de Finanças admitiu que houve 400 demissões de nível gerencial por sobreposição de pessoas. Mas prometeu - lembrando que é um executivo do setor financeiro - que "ao final do processo, as adições liquidas de empregos serão maiores na nova Oi do que as demissões realizadas e isso será percebido pelo mercado".
O diretor voltou a dizer que haverá, sim, uma sinergia financeira com a fusão das companhias e que o montante deverá ficar em torno de R$ 600 milhões - valor também já divulgado pelo presidente da Oi, quando houve o comunicado oficial da compra em janeiro.
Faturamento
Com recorde de adições líquidas no trimestre (+2,7 milhões), a Oi encerrou 2008 com 40,4 milhões de Unidades Geradoras de Receitas (UGRs), crescimento de 7,0% em relação ao 3T08 e de 27,4% no ano.
No quarto trimestre do ano passado, este desempenho foi influenciado pelo aumento de 2,5 milhões de usuários de telefonia móvel, principalmente em decorrência do inicio das operações da Oi móvel no estado de São Paulo, cujas adições totalizaram 2 milhões de usuários desde o final de outubro.
A receita bruta consolidada somou R$7.064 milhões no 4T08, superando em 1,9% à registrada no 3T08 (+R$135 milhões), em decorrência, principalmente, da expansão da receita de telefonia móvel (+8,0%), enquanto as receitas dos serviços de telefonia fixa permaneceram estáveis.
No ano, a receita bruta consolidada acumulou R$27.197 milhões, expansão de 8,1% (+R$2.044 milhões) em relação a 2007. Também nesse período, enquanto as receitas de telefonia fixa mantiveram-se estáveis, o destaque foi a performance da telefonia móvel, com crescimento de 44,3% (+R$1.965 milhões), passando a representar 24% da receita bruta consolidada total.
A receita de serviços de comunicação de dados alcançou R$893 milhões no 4T08, representando um crescimento de 5,8% sobre o trimestre anterior. Esta expansão resulta de maiores receitas “Oi Velox” e serviços não recorrentes prestados ao setor público na área de educação (R$27 milhões). No acumulado do ano, a receita de dados apresentou expansão de R$518 milhões (+18,0% vs. 2007) e encerrou o ano somando R$3.397 milhões.
Destaca-se a expansão das receitas “Oi Velox” (+R$270 milhões) devido ao aumento da base média de usuários deste serviço. As receitas de “Outros” (+R$247 milhões) foi beneficiada, principalmente, pelo aumento de receitas de EILD - Linhas Dedicadas (+R$104 milhões), da rede IP (+R$29 milhões), do provedor “Oi Internet” (+R$35 milhões) com aluguel de equipamentos e infra-estrutura (R$39 milhões) e, com serviços não recorrentes prestados ao setor público na área de educação (+R$27 milhões).
sábado, 7 de março de 2009
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